Ataques israelenses deixam 22 mortos em Gaza, diz Defesa Civil

Ataques israelenses deixam 22 mortos em Gaza, diz Defesa Civil

A Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou neste domingo, 25, que 22 pessoas foram mortas em ataques na região, onde Israel intensificou sua ofensiva. Os mortos incluem uma mulher grávida e várias crianças.

“Sete mortos e vários feridos foram transferidos após bombardeios aéreos israelenses contra a casa da família Daqa, na cidade de Jabaliya”, ao norte da Faixa, declarou à AFP Mahmud Bassal, porta-voz do órgão. No sábado, 24, o balanço registrou seis mortes no local.

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Segundo Bassal, alguns corpos estavam carbonizados. Ainda há pessoas sob os escombros, mas “a Defesa Civil não tem equipamentos pesados para levantar os escombros, salvar os feridos ou retirar os corpos”, acrescentou.

O porta-voz também relatou a morte de duas pessoas — entre elas, uma mulher grávida — em um campo de deslocados de Nuseirat, no centro de Gaza. Os médicos tentaram, sem sucesso, salvar o feto.

Os bombardeios mataram cinco pessoas de uma mesma família em Deir al Balah, três mortos em Beit Lahia e outros três na província de Khan Yunis, no sul de Gaza.

Um casal morreu em um bombardeio contra o campo de refugiados de Nuseirat, no centro. Segundo Bassal, eram um diretor da Defesa Civil, Ashraf Abu Nar, e sua esposa.

O Exército israelense também demoliu várias casas na Cidade de Gaza (norte) e cinco residências perto de Khan Yunis, acrescentou a mesma fonte.

A agência de notícias AFP entrou em contato com o Exército israelense, mas a força militar se recusou a fazer comentários.

Israel amplia ataques

As tropas israelenses retomaram a ofensiva na Faixa de Gaza em meados de março, após romper uma trégua de quase dois meses. Em 17 de maio, militares ampliaram ataques, com o objetivo declarado de derrubar o movimento islamista palestino Hamas e libertar os reféns que permanecem no território.

A guerra em Gaza foi desencadeada após o ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que provocou as mortes de 1.218 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

Das 251 pessoas sequestradas naquele dia, 57 permanecem retidas em Gaza. Do grupo, 34 foram declaradas mortas, segundo o Exército israelense.

Mais de 53.900 palestinos, a maioria civis, morreram na Faixa de Gaza em ataques, segundo os dados do Ministério da Saúde de Gaza, governado pelo Hamas, que a ONU considera confiáveis.