Bolsonaro deveria apoiar outro candidato em 2026 para 65%, diz Quaest

Divulgação/Instagram Tarcísio Gomes de Freitas
Foto: Divulgação/Instagram Tarcísio Gomes de Freitas

Declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por uma tentativa de golpe de Estado, Jair Bolsonaro (PL) deveria apoiar outro candidato nas eleições de 2026 para 65% dos eleitores, conforme pesquisa divulgada pela Quaest nesta quinta-feira, 5.

Outros 26% disseram que o ex-presidente deveria se manter no páreo até o fim, como deseja, enquanto 9% não souberam ou não quiseram responder à pergunta.

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Entre os entrevistados que se declararam lulistas, 78% afirmaram apoiar a desistência do adversário, patamar que foi de 38% entre os bolsonaristas. No recorte do grupo de apoiadores de Bolsonaro, 58% apoiam a manutenção de sua candidatura.

O instituto ouviu 2.004 eleitores de 120 municípios brasileiros entre os dias 29 de maio e 1º de junho em entrevistas presenciais. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Quem Bolsonaro deveria apoiar?

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi o mais mencionado pelos entrevistados para representar a direita em 2026 no lugar do ex-presidente, com 17%.

Em segundo lugar ficou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), que registrou 16%. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), teve 11%, seguido pelo ex-coach Pablo Marçal (PRTB), 7%, e pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), com 5%.

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) é o sucessor favorito para 4%, à frente dos governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), 4%, e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), 3%. Outros nomes somaram 2%.

Como relatou a IstoÉ, há um flanco aberto pelo espólio eleitoral de Bolsonaro, que não demonstra disposição para apoiar outro nome do campo mesmo sem direitos políticos e deve arrastar a indefinição até o prazo limite para registro de candidaturas no TSE — como o próprio presidente Lula (PT) fez em 2018.

Nos bastidores, Tarcísio é considerado o favorito para a vaga, pela capacidade de atrair apoios de outras legendas e do empresariado. Por fidelidade a Bolsonaro, de quem foi ministro da Infraestrutura, no entanto, o governador se diz candidato à reeleição.

Desde que se mudou para os Estados Unidos para articular uma reação internacional ao Judiciário brasileiro, Eduardo Bolsonaro ganhou menções para o pleito e itiu que toparia a empreitada com o aval do pai. Na pesquisa Quaest, seu nome foi o menos competitivo do campo para enfrentar Lula — a simulação terminou em 44% a 34% a favor do petista.