A Embaixada de Israel nos EUA divulgou as identidades dos dois funcionários mortos por um atirador do lado de fora do Museu Judaico da Capital, em Washington D.C., na noite da quarta-feira, 21. Yaron Lischinsky e Sarah Lynn Milgrim, que estavam prestes a ficar noivos, foram baleados por um homem de 30 anos que abriu fogo contra um grupo de pessoas. O suspeito foi detido pela segurança do evento e gritou “Palestina, livre” quando levado sob custódia.
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De acordo com a Embaixada de Israel nos EUA, as vítimas estavam “no auge da vida” e toda equipe está devastada com o assassinato. “Nossos corações estão com suas famílias, e a embaixada estará ao lado deles durante este momento terrível”, pontuou.
Conforme o embaixador israelense nos EUA, Yechiel Leiter, eram um jovem casal prestes a ficar noivo. “O jovem comprou um anel esta semana com a intenção de fazer o pedido de casamento na próxima semana, em Jerusalém”, disse.
Segundo Pamela Smith, chefe da Polícia Metropolitana, o casal saía de um evento no museu quando o suspeito se aproximou e efetuou os disparos. O ataque ocorreu num momento em que o governo de Israel é alvo crescente de críticas internacionais pela forma como está conduzindo a ofensiva na Faixa de Gaza.
O suspeito não era conhecido da polícia, acrescentou ela. Ele é um homem de 30 anos da cidade de Chicago, no estado de Illinois e foi visto andando do lado de fora do museu antes do ataque e tentou entrar no local após o ocorrido. O FBI está investigando o caso como um possível crime de ódio.
Netanyahu pede reforço em embaixadas
O enviado de Israel às Nações Unidas, Danny Danon, disse que o crime foi “um ato depravado de terrorismo antissemita”. “Prejudicar a comunidade judaica é cruzar a linha vermelha”, escreveu ele no X. “Estamos confiantes de que as autoridades dos EUA tomarão medidas enérgicas contra os responsáveis por esse ato criminoso. Israel continuará a agir de forma resoluta para proteger seus cidadãos e representantes – em qualquer lugar do mundo.”
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou seu horror com o incidente. Ele está “chocado” com o ato “cruel e antissemita”, anunciou o gabinete de Netanyahu. “Estamos experimentando o terrível preço do antissemitismo e do incitamento selvagem contra Israel”, disse o chefe de governo. Ele pediu às representações israelenses em todo o mundo que reforçassem suas medidas de segurança.
O presidente israelense, Isaac Herzog, disse que estar “arrasado” com o ocorrido em Washington. “Esse é um ato desprezível de ódio, de antissemitismo, que tirou a vida de dois jovens funcionários da embaixada israelense”, disse ele em um comunicado.
Trump e Rubio condenam ataque
O presidente dos EUA, Donald Trump, também condenou os assassinatos. “Esses horríveis assassinatos em D.C., baseados obviamente no antissemitismo, devem acabar, AGORA!”, ele publicou em sua plataforma Truth Social. “O ódio e o radicalismo não têm lugar nos EUA”.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que as autoridades “rastreariam os responsáveis” pelo assassinato. “Esse foi um ato descarado de violência covarde e antissemita. Não se enganem: rastrearemos os responsáveis e os levaremos à Justiça”, postou ele no X.
A Alemanha, a França e o Reino Unido também condenaram os assassinatos. O chanceler federal alemão, Friedrich Merz, condenou veementemente o crime considerando que se tratou de um ato hediondo.
“Estou chocado com a notícia do assassinato de dois funcionários da embaixada israelense em Washington. Os nossos pensamentos estão com as famílias das vítimas. Neste momento, temos de assumir que se trata de um ato antissemita”, afirmou Merz.
O ministro do Exterior britânico, David Lammy, disse estar horrorizado com o ataque aos funcionários da embaixada de Israel. Já seu homólogo francês, Jean-Noel Barrot, destacou que nada pode justificar tal violência.