Israel ordena ao Exército que impeça chegada de navio humanitário em Gaza

Reprodução/Instagram
Embarcação que leva ajuda humanitária leva 12 ativistas, incluindo Greta Thunberg Foto: Reprodução/Instagram

O ministro da Defesa de Israel ordenou neste domingo (8) ao Exército que impeça a chegada à Faixa de Gaza de uma flotilha de ajuda humanitária com 12 ativistas a bordo, incluindo a ambientalista sueca Greta Thunberg.

“Dei instruções ao Exército para impedir a chegada do ‘Madleen’ a Gaza”, afirmou o ministro Israel Katz em um comunicado de seu gabinete.

“A Greta, a antissemita, e aos seus companheiros, porta-vozes da propaganda do Hamas, digo claramente: voltem, porque não chegarão a Gaza”, acrescentou.

“O Estado de Israel não permitirá que ninguém rompa o bloqueio marítimo de Gaza, cujo principal objetivo é impedir a entrega de armas ao Hamas, uma organização terrorista assassina que mantém nossos reféns em cativeiro e comete crimes de guerra”, enfatizou Katz.

O “Madleen” é um veleiro da Coalizão da Flotilha da Liberdade (FFC, na sigla em inglês).

A embarcação partiu no domingo da semana ada da Sicília com destino a Gaza para fornecer ajuda humanitária e romper o bloqueio israelense imposto ao território palestino, que segundo a ONU enfrenta a ameaça da fome.

No sábado, a ativista alemã Yasemin Acar disse à AFP que o “Madleen” navegava ao longo da costa do Egito, fronteiriço com o território palestino, e que planejava chegar à Faixa de Gaza na manhã de segunda-feira.

A guerra no território palestino começou após um ataque sem precedentes em Israel em 7 de outubro de 2023, executado por comandos do movimento islamista palestino Hamas.

Como represália, Israel iniciou uma ofensiva devastadora na Faixa de Gaza, que matou dezenas de milhares de civis.

Em 2 de março, Israel impôs um bloqueio total à entrada de ajuda humanitária em Gaza.

A Coalizão da Flotilha da Liberdade, fundada em 2010, é um movimento internacional não violento de solidariedade com os palestinos, que exige o fim do bloqueio da Faixa de Gaza por razões humanitárias e políticas.

O “Madleen” transporta “sucos de frutas, leite, arroz, conservas, barras de proteína oferecidas por centenas de cidadãos de (a cidade siciliana de) Catânia”, escreveu o jornalista Andrea Legni, que está a bordo.

O grupo de ativistas inclui cidadãos da Alemanha, França, Brasil, Turquia, Suécia, Espanha e Países Baixos.

 

 

myl-bfi/crb/avl/mb/fp