Mudança na política migratória gera incerteza na comunidade venezuelana da Flórida

Mudança na política migratória gera incerteza na comunidade venezuelana da Flórida

Denis Caldeira se sente em um “limbo” legal desde que a Suprema Corte americana autorizou o governo de Donald Trump a revogar o Status de Proteção Temporária (TPS, na sigla em inglês) que protegia ele e outros 350 mil imigrantes venezuelanos.

“Preciso sair para trabalhar. Não posso ficar trancado em casa. Obviamente, sinto medo, mas não há nada que eu possa fazer”, disse ele em Doral, uma cidade nas redondezas de Miami onde mais de 40% dos habitantes são originários da Venezuela. Doral é apelidada por muitos como “Doralzuela” pelo tamanho de sua comunidade venezuelana.

Caldeira, de 47 anos, é beneficiário do Status de Proteção Temporária, que ampara centenas de milhares de venezuelanos e foi amplamente concedido pelo ex-presidente democrata Joe Biden, que considerava o governo de Nicolás Maduro autoritário.

Antes de deixar o poder em janeiro, Biden tinha decidido ampliar a proteção por 18 meses a partir de primeiro de abril, mas a istração Trump, que recebeu o apoio por muitos venezuelanos-americanos nas eleições adas, decidiu anular a extensão do TPS.

“Desde que começou o seu mandato, foi como uma espécie de perseguição, especialmente aos venezuelanos”, lamenta Caldeira no El Arepazo, um restaurante venezuelano muito popular em Doral.

Ao seu redor, muitos não entendem porque o governo Trump — que tem um clube de golfe na cidade — tem restringido sua campanha contra a imigração irregular aos venezuelanos.

“A maioria dos venezuelanos-americanos votaram pensando que [Trump] teria uma postura muito mais direta contra o regime de Maduro, que ele o removeria do poder e não que ele acabaria expulsando os venezuelanos dos Estados Unidos”, disse José Antonio Colina, presidente de uma organização de exilados do país sul-americano.

“Há uma profunda contradição porque, se os serviços de inteligência americanos avaliaram que a Venezuela é um país onde os direitos humanos não são respeitados, como podem mandar para lá milhares de pessoas que saíram justamente por perseguição política";el.parentNode.insertBefore(s,el);})();(function(n,v,g){nov='Navegg';if(!n[nov]){nav=v.createElement('script');nav.src=g;nav.async=true;nbv=document.getElementsByTagName('script')[0];nbv.parentNode.insertBefore(nav,nbv);n[nov]=n[nov]||function(parms){n[nov].q=n[nov].q||[];n[nov].q.push([this,parms])};}}) (window,document,'https://tag.navdmp.com/universal.min.js');window.naveggReady=window.naveggReady||[];window.nvg92573=new Navegg({acc:92573});