O cantor Chico Buarque, de 80 anos, ou por uma cirurgia neurológica nesta terça-feira, dia 3, no Hospital Copa Star, em Copacabana, no Rio de Janeiro, para aliviar um quadro de pressão intracraniana. De acordo com a coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo, o artista foi operado pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer, já a bem e deve ter alta nos próximos dias.
Chico Buarque subiu ao palco recentemente como convidado de Gilberto Gil no show ‘Tempo Rei’, no último domingo, dia 1º, na capital fluminense.
A assessoria do veterano informou que o procedimento já estava agendado: “É um pequeno procedimento, que já estava programado. Não foi emergência. Foi um pequeno procedimento para aliviar a pressão intracraniana. Ele está bem”, disse em nota ao Splash, do UOL.
Segundo o neurocirurgião Dr. Victor Hugo Espíndola, especialista em doenças cerebrovasculares, “pressão intracraniana é a força que existe dentro do crânio, resultado do equilíbrio entre três elementos: o cérebro, o sangue e o líquido cerebrospinal, que é o líquido que circula no sistema nervoso.”
O especialista explica que, quando esse equilíbrio se rompe e a pressão aumenta, o cérebro sofre uma compressão que gera sintomas importantes. “O paciente pode apresentar dor de cabeça muito intensa, vômitos em jato, visão turva, sonolência, desmaios e, em casos mais críticos, até falência respiratória”, diz Victor Hugo à reportagem de IstoÉ Gente.
O médico ainda destaca que esse aumento de pressão pode ocorrer por diferentes causas. “Geralmente, isso acontece por traumas, sangramentos, infecções, tumores ou acúmulo excessivo de líquido dentro do cérebro”, afirma.
Sobre os cuidados necessários, o neurocirurgião esclarece que existem diferentes formas de tratar a pressão intracraniana. “Em muitos casos, usamos medicamentos que ajudam a reduzir o inchaço e controlar a pressão. Quando isso não é suficiente, lançamos mão de procedimentos como a drenagem do líquido ou a realização de uma cirurgia chamada craniectomia descompressiva, em que retiramos temporariamente uma parte do osso do crânio para que o cérebro tenha espaço para desinchar de forma segura”, explica.
O Dr. Victor Hugo Espíndola completa que, após o controle da pressão, o osso é recolocado e o paciente segue em acompanhamento para tratar a causa do problema e evitar novas complicações.