A estrepitosa sessão do Senado que a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) decidiu abandonar na manhã de terça-feira, 27, foi seguida por uma cena curiosa, para dizer o mínimo. No chamado “túnel do tempo”, como é conhecida a agem entre o plenário e as alas dos gabinetes, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) caminhava de braços dados com o colega Eduardo Girão (Novo-CE) e, no caminho, desfiava uma versão inusitada da audiência. Damares, que foi ministra das Mulheres do governo de Jair Bolsonaro, disse a Girão que ficou “preocupada” ao ver Marina apertar o braço do também senador Marcos Rogério (PL-RO), presidente da comissão.
“Eu fiquei realmente muito preocupada com o Marcos Rogério. Teve um momento em que ela (Marina) chegou a pegar no braço dele assim”, afirmou a senadora, de maneira evidentemente exagerada, tentando reproduzir a situação que entendeu como uma “agressão” da franzina ministra ao corpulento senador de Rondônia. Marcos Rogério, como se sabe, foi um dos protagonistas das cenas nada civilizadas daquela manhã. A certa altura, ele mandou a ministra se pôr em seu lugar. Na mesma sessão, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) disse que era preciso separar a mulher da ministra porque, nas palavras dele, “a mulher merece respeito e a ministra, não”. Diante dos insultos, Marina se levantou e foi embora.
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