 "Reprodução/Nine News")
Uma repórter foi atingida por uma bala de borracha no domingo, 8, enquanto fazia a cobertura dos protestos em Los Angeles, na Califórnia (EUA). Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o momento em que um policial dispara o projétil contra Lauren Tomasi, australiana correspondente da “Nine News”, afiliada da “CNN”. A emissora informou que a jornalista não sofreu ferimentos graves.
+ Entenda o que motivou os protestos na Califórnia e a intervenção da Guarda Nacional
+ Los Angeles tem mais um dia de confronto após mobilização da Guarda Nacional; entenda
Confira o vídeo:
Welcome to Trump’s America.
9 News Australia US Correspondent Lauren Tomasi shot by LAPD with a rubber bullet live on air. pic.twitter.com/PbgcmBxCbY— Chris Borkowski (@cborkowski) June 9, 2025
Na gravação, que fazia parte de uma transmissão ao vivo, Lauren aparece em meio ao protesto informando que os policiais estavam a cavalo e disparando balas de borracha contra os manifestantes.
É após a fala que um agente olha para a repórter, mira sua arma e dispara contra Lauren. A jornalista foi atingida na perna e deu um grito de dor quando foi baleada.
Depois do disparo, a equipe de gravação recua e vozes perguntam para Lauren se ela está bem. De acordo com a “Nine News”, a repórter “ficou com dores” na região atingida pelo projétil, mas não sofreu ferimentos graves.
Protestos em Los Angeles
Lauren foi baleada durante o terceiro dia de confrontos e distúrbios entre manifestantes e as autoridades devido às operações de agentes de imigração.
As tensões em Los Angeles eclodiram na última sexta-feira, 6, quando manifestantes entraram em confronto com forças policiais que conduziam batidas que resultaram na detenção de 44 supostos imigrantes irregulares na área central de Los Angeles.
Segundo as autoridades, as pessoas afetadas são imigrantes sem documentos e membros de gangues. O presidente Donald Trump chegou a mobilizar a Guarda Nacional para conter os protestos, em um movimento que foi considerado como “violação da soberania estadual” pelo governador Gavin Newsom.
Trump prometeu que as tropas vão garantir “uma legalidade muito severa e ordem”. “Você tem pessoas violentas, e não vamos deixar que escapem impunes”, afirmou o presidente.
No sábado, membros do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA — conhecido pela sigla ICE — estenderam as operações para o município vizinho de Paramount, uma área de grande concentração de imigrantes latinos, provocando ainda mais protestos. Imagens mostraram dezenas de agentes de segurança tentando dispersar os manifestantes com gás lacrimogênio.
Pelo menos três veículos autônomos da empresa Waymo foram incendiados no domingo e outros dois foram vandalizados enquanto manifestantes protestavam no centro da cidade.
O tráfego foi interrompido por dezenas de pessoas em uma avenida importante da cidade, enquanto agentes da patrulha rodoviária tentavam expulsar os manifestantes com bombas de efeito moral.
Nas últimas semanas, o governo dos EUA efetuou várias alterações no seio do ICE com o objetivo de promover mais detenções. O objetivo de Trump é efetuar, pelo menos, três mil detenções por dia.
*Com informações da Deutsche Welle e da AFP